Por que não consigo um amor de verdade?

Por Mariana Viktor

Não nascemos para ficarmos sozinhos e, muitas vezes, a solidão dói tanto, mas tanto, que essa pergunta nem quer saber mais de resposta, quer é uma solução eficiente e rápida – “porque quero um amor é agora, não quero uma explicação!”

Quando somos tomados por este estado de espírito de “ambulância”, o que era para acontecer naturalmente e ser gostoso por natureza, vira amargura e urgência de preencher o lugar vazio. Então… O tal vazio vai ficando cheio, mas de sentimentos que fazem mal.

Daí vem mais cansaço. De bater a cabeça (e o coração) no muro da busca frustrada, da decepção com um e outra, da espera que parece nunca ter fim, da carência que cresce mais. Muitas vezes a exaustão é tamanha que afeta o humor e prejudica a saúde, o trabalho, e até as relações sociais e familiares.
Daí o dedinho empurra o primeiro dominó e desencadeia uma sequência de comportamentos desesperados (de agradar, de chamar a atenção, de competir, de fingir ser quem não somos, porque não nos achamos “bons o bastante”).

E quando o último dominó vem ao chão, sem resolver absolutamente nada, estamos tão pra baixo que nem lembramos mais o que é amor. Sequer acreditamos que isso exista mais do que a Fada do Dente. A negatividade toma conta de vez dos nossos pensamentos e emoções, o céu se fecha, a noite eterna se instala dentro e em volta de nós – como se eterna fosse mesmo.

A situação parece tão sem saída -e sem entrada- que pra cúmulo dos cúmulos, como se não faltasse mais nada, até aquela pessoa com quem estava quase rolando um clima, passa a nos evitar.

“Mas poooor queeee isso está acontecendo comigo?!”

Porque os outros captam de alguma maneira nossa negatividade, nossa carência, nosso desespero, nossos joguinhos de sedução. E nem o fato de ter o corpinho que pedimos a Deus dará jeito nessa situação, porque emocionalmente estamos pesando toneladas.

E para quem imagina que o problema é falta de gente disponível, Eric Klinenberg, pesquisador da Universidade de Nova York, levantou dados surpreendentes: no mundo existem 277 milhões de pessoas sozinhas – sem falar de crianças, adolescentes e bebês.

E como é que você pode sair desta lista e ter um amor de verdade?

Lembra da máxima bíblica “ame ao próximo como a ti mesmo”? Pois, então, há pelo menos dois mil anos já se sabe que o amor deve começar em você.
Mas como é que se faz isso?

É incomensuravelmente mais simples do que toda a energia gasta pra nada até chegar ao ponto de não sobrar ânimo nem pra buscar um copo de água na cozinha. E incomensuravelmente mais gostoso do que todas as lágrimas (repletas de sal) que choramos enquanto isso.
Anota a receita: desenvolva um olhar amoroso. Queira bem a cada pessoa, bicho, planta que cruzar o seu caminho. Abençoe em silêncio tudo que vive. Todos os dias. De preferência o dia todo.

“Mas só isso, Mariana?!”

Só! Porém requer prática diária e não pode ser feito por interesse, tipo “vou fazer isso pra conseguir um amor”. Se tiver segundas intenções nem comece, porque não vai dar certo.

“Ok, e depois o que acontece?”

De repente um sentimento quentinho começa a nascer dentro de você.
De repente seus olhos começam a brilhar.
De repente você descobre que a sua vida tem um monte de coisas bonitas que você não via antes.
De repente as pessoas passam a tratar você com mais gentileza.
De repente você se torna uma pessoa gostosa de ter por perto.
De repente você se percebe sentindo bem-querer por tudo, até por você.
De repente você está feliz sem razão.
De repente para de sentir inveja de casais apaixonados e os abençoa também.
De repente, alguém aparece.
De repente o papo flui tão redondinho, tão leve, que de repente você se dá conta que não precisa fazer força alguma pra se gostar ou pra que gostem de você.
De repente isso tudo aconteceu.
E olha que você nem estava com sua roupa caríssima, com o cabelo alinhado e com o seu melhor perfume.

Você simplesmente ajustou a forquilha e achou amor aí dentro. O resto foi consequência.

Texto original: http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=45755

Para se proteger das energias negativas

Todos nós sabemos. As energias negativas são uma das preocupações do ser humano .

Procurar fugir delas é complicado. Elas nos alcançam em qualquer lugar do planeta. Mas, podemos nos defender, começando a tomar uma série de atitudes e providências. Abaixo, seguem seis dicas pessoais para começar a combatê-las.

1. NÃO TEMER NINGUÉM – Uma das armas mais eficazes na subjugação de um ser é impingir-lhe o medo.Sentimento capaz de uma profunda perturbação interior, vindo até a provocar verdadeiros rombos na aura, deixando o indivíduo vulnerável a todos os ataques. Temer alguém significa colocar-se em posição inferior, temer significa não acreditar em si mesmo e em seus potenciais, temer significa falta de fé. O medo faz com que baixemos o nosso campo vibracional, tornando-nos assim vulneráveis às forças externas. Sentir medo de alguém é dar um atestado de que ele é mais forte e poderoso. Quanto mais você der força ao opressor, mais ele se fortalecerá.

2. NÃO SINTA CULPA – Assim como o medo, a culpa é um dos piores estados de espírito que existem. Ela altera nosso campo vibracional, deixando nossa aura (campo de força) vulnerável ao agressor. A culpa enfraquece nosso sistema imunológico e fecha os caminhos para a prosperidade. Um dos maiores recursos utilizados pelos invejosos é fazer com que nos sintamos culpados pelas nossas conquistas. Não faça o jogo deles e saiba que o seu sucesso é merecido. Sustente as suas vitórias sempre!

3. ADOTE UMA POSTURA ATIVA – Nem sempre adotar uma postura defensiva é o melhor negócio. Enfrente a situação. Lembre-se sempre do exemplo do cachorro: quem tem medo do animal e sai correndo, fatalmente será perseguido e mordido. Já quem mantém a calma e contorna a situação pode sair ileso. Ao invés de pensar que alguém pode influenciá-lo negativamente, por que não se adiantar e influenciá-lo beneficamente? Ou será que o mal dele é mais forte que o seu bem? Por que será que nós sempre nos colocamos numa atitude passiva de vítimas? Antes que o outro o alcance com sua maldade, atinja-o antecipadamente com muita luz e pensamentos de paz, compaixão e amor.

4. FIQUE SEMPRE DO SEU LADO – A maior causa dos problemas de relacionamentos humanos é a”Auto-Obsessão”. A influência negativa de uma pessoa sobre outra sempre existirá enquanto houver uma ideia de dominação, de desigualdade humana, enquanto um se achar mais e outro menos, enquanto nossas relações não forem pautadas pelo respeito mútuo. Mas grande parte dos problemas existe porque não nos relacionamos bem com nós mesmos. ‘Auto-Obsessão’ significa não se gostar, não se apoiar, se auto boicotar, se desvalorizar, não satisfazer suas necessidades pessoais e dar força ao outro, permitindo que ele influencie sua vida, achar que os outros merecem mais do que nós. Auto – obsequiar-se é não ouvir a voz da nossa alma, é dar mais valor à opinião dos outros. Os que enveredam por esse caminho acabam perdendo a sua força pessoal e abrem as portas para toda as pessoas dominadoras e energias de baixo nível. A força interior é nossa maior defesa.

5. SUBA PARA POSIÇÕES ELEVADAS – As flechas não alcançam o céu. Coloque-se sempre em posições elevadas com bons pensamentos, palavras, ações e sentimentos nobres e maduros. Uma atmosfera de pensamentos e sentimentos de alto nível faz com que as energias do mal, que têm pequeno alcance, não o atinjam. Essa é a melhor forma de criar ‘incompatibilidade’ com as forças do mal e energias incompatíveis não se misturam.

6. FECHE-SE ÀS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS – As vias de acesso pelas quais as influências negativas podem entrar em nosso campo são as portas que levam à nossa alma, ou seja, a ‘mente’ e o ‘coração’. Além de manter o coração e a mente sempre resguardados das energias dos maus pensamentos e sentimentos negativos, fuja das conversas negativas, maldosas e depressivas. Evite lugares densos e de baixo nível. Quando não puder ajudar, afaste-se de pessoas que não lhe acrescentam nada e só o puxam para o lado negativo da vida. O mesmo vale para as leituras, programas de televisão, filmes, músicas e passatempos de baixo nível. Se é Reikiano use e abuse com (respeito) de todos os símbolos de proteção que tiver acesso, faça-os em sua casa, trabalho, carro enfim, use e sinta essa força em si.”

Autor desconhecido.

Quando o amor foi insuficiente

:: Bel Cesar ::

Você sente que recebeu amor suficiente quando era criança? Cada um, a seu modo, tem uma história para contar… Basta escutar os enredos que surgem quando sonhamos dramas baseados no abandono e na carência afetiva. Há sonhos – ou melhor, pesadelos – que nos paralisam na sensação de uma intensa dor sem saída: resta-nos apenas a esperança de que um herói, que tenha coragem no coração, venha nos salvar! Apesar dessa força extra, encontrar-se em nosso interior, nós a projetamos para fora de nós. Este é um hábito mental que desenvolvemos quando ainda éramos crianças.

É como escreve o mestre budista Tarthang Tulku em seu livro A mente oculta da liberdade: À maioria de nós foi ensinado que o amor se acha fora de nós mesmos – é algo a ser obtido. Por isso, quando o encontramos, nós o agarramos firmemente, como se não houvesse o suficiente para todos. No entanto, na medida em que o amor se torna apego egoísta, nós nos isolamos da verdadeira intimidade. O amor mais gratificante que podemos vivenciar é o que já existe dentro de nós, no coração de nosso ser. Aí se encontra uma infinita fonte de calor, que podemos usar para transformar nossa solidão e infelicidade. Ao entrar em contato com essa energia nutriente, descobrimos os recursos interiores necessários para sermos verdadeiramente responsáveis pelo nosso próprio crescimento e bem-estar.

Mensagens como essa são um estímulo de coragem e libertação para aqueles que já se sentem comprometidos com o caminho da transformação interior. Mas temos que admitir que enquanto estivermos presos à dor da carência e da falta de amor, não será suficiente saber racionalmente que sofremos porque não sabemos amar verdadeiramente.

Será preciso reviver a dor do abandono sob um novo prisma para superá-la.

Racionalizar a dor emocional faz parte do processo para curá-la, mas, em si, não é uma experiência capaz de gerar uma mudança autêntica e profunda.

Portanto, devemos partir do pressuposto de que não há nada de extraordinário no fato de admitir que recebemos amor insuficiente quando éramos crianças. Pois será a partir da aceitação desta falta que iremos encontrar forças para resgatar nosso amor interior.

Eva Pierrakos e Judith Saly dedicaram todo um capítulo a esta questão em seu livro Criando união (Ed. Cultrix). Elas escrevem: Como as crianças muito raramente recebem suficiente amor maduro e bondade, elas continuam a ansiar por ele durante toda a vida, a menos que a falta e a mágoa sejam reconhecidas e devidamente manejadas. Caso contrário, os adultos seguirão pela vida chorando inconscientemente pelo que não tiveram na infância. Isso fará deles pessoas incapazes de amar com maturidade. Vocês podem ver como esta situação passa de geração em geração.

Podemos não parar para pensar sobre como anda nosso fluxo de contabilidade do amor em nosso interior. Mas é importante nos conscientizarmos do forte elo que existe entre as nossas ansiedades de infância e as dificuldades afetivas que enfrentamos enquanto adultos.

O ponto de partida para romper esta linhagem de amor imaturo encontra-se num exercício de mão dupla: se por um lado passamos a nos abrir para aceitar o fato de que nos faltaram experiências significativas de reconhecimento de afeto, por outro, ficamos cientes de que esses sentimentos de carência e abandono não nos levarão a lugar nenhum. Isto é, a intenção de admitir a dor está vinculada à decisão de superá-la, e não de recriá-la!

Remoer a dor infantil sem a correspondente vontade de sair dela é como andar para trás, isto é, estaremos repetindo assim apenas os padrões emocionais já conhecidos em vez de refinar nossa alma.

A dinâmica do querer ser amado transforma-se no desejo de amar quando nos conscientizamos de uma vez por todas de que não adianta querermos que as coisas sejam diferentes ou que as pessoas aprendam a amar com maturidade para sermos mais bem servidos em matéria de amor.

Quando nos dispomos a amar verdadeiramente, damos inicio à jornada do amor maduro. Esta é uma bela frase; no entanto, só terá sentido quando nos propusermos a redirecionar nossas emoções de abandono e carência, isto é, quando não temermos mais senti-las.

É preciso voltar ao local do crime para desvendar o mistério. As autoras Eva Pierrakos e Judith Saly revelam, no livro Criando união, um método de autoconhecimento para aplicarmos nos momentos em que reconhecermos, por trás de nossa raiva, frustração e ansiedade, a dor de não termos sido amados na infância: Quando sentirem a dor de não serem amados no problema atual, ela servirá para despertar a dor da infância. Pensando na dor presente, voltem ao passado e tentem reconsiderar a situação com seus pais: o que eles lhe deram, o que vocês sentiam de fato por eles. Vocês perceberão que, sob muitos aspectos, sentiam falta de algumas coisas que nunca viram antes com clareza – porque não queriam ver. Vocês descobrirão que essa carência deve ter sido dolorosa na infância, mas a mágoa pode ter sido esquecida no nível consciente. No entanto, ela absolutamente não está esquecida. A dor causada pelo problema atual é exatamente a mesma dor do passado. Agora, reavaliem a dor atual, comparando-a com a da infância. Finalmente, será possível perceber que ambas, são uma só. […] Depois de sincronizar as duas dores e perceber que elas são uma só, o passo seguinte é muito mais fácil.

A cura, então, surge na medida em que reconhecemos que não somos mais tão indefesos diante da dor quanto pensávamos na infância. Como completam as autoras: Já não precisarão ser amados como precisavam na infância. Primeiro vocês adquirem consciência de que é isso o que ainda desejam, e depois já não buscam esse tipo de amor. Como vocês não são mais crianças, buscarão o amor de forma diferente, dando em vez de esperar receber.

Quando filtramos a dor emocional por meio dos recursos já adquiridos na atualidade, vamos mesclando à dor passada a compreensão que nos faltava. Desta maneira, a necessidade de ser reconhecido pode ser substituída pela autovalidação. Do mesmo modo, a necessidade de expressar as emoções contidas poderá encontrar novos recursos de comunicação. Passamos a selecionar melhor as pessoas, e as situações nas quais poderemos finalmente nos tornar criativos e contribuir com nossa individualidade para o crescimento coletivo.

Em resumo, precisamos aprender a não temer nossas emoções fragilizadas pela falta de amor. Ao senti-las poderemos simplesmente nos posicionar positivamente e dizer: OK, naquela época eu não tinha recursos para lidar com esta falta, por isso passei a pensar que não havia nada a fazer senão esperar passivamente por amor. Agora, posso agir, pois tenho minha consciência a meu favor, assim como a vontade de amar cada vez mais e melhor.

Extraído do site http://www.stum.com.br

Abandone a necessidade de reconhecimento

por Andre Lima – andrelimareiki@gmail.com

Esse é um tema que costuma surgir em sessões de atendimento com *EFT (técnica para autolimpeza emocional,veja como receber um manual gratuito no final do artigo). O ego precisa ser reconhecido. A indiferença é a pior coisa pra ele. As crianças desde bem pequenas já demonstram essa necessidade. Querem ser vistas e ouvidas pelos adultos. Adoram receber atenção. Quer ver uma criança feliz? Dê atenção pra ela. Converse sobre as coisas do seu mundo infantil, pergunte sobre sua vida, brinque com ela.

Quando não damos esse tipo de atenção e reconhecimento positivo à criança, ela irá buscar de uma forma negativa. E isso acontece da seguinte forma. Muitas vezes, os adultos deixam de dar atenção e de elogiar as crianças, o que seria uma forma positiva de reconhecimento. Entretanto, quando a criança age de uma forma indesejada, ela logo recebe uma crítica. A crítica é uma forma de atenção negativa, mas ainda assim é um tipo de reconhecimento. O adulto está interagindo com a criança, está reconhecendo sua existência, mesmo que de forma desagradável. Entretanto, para o ego, é melhor receber esse tipo de atenção negativa do que nenhuma atenção.

Inconscientemente, a criança que não é elogiada sabe que basta fazer algo tido como “errado” que logo receberá a atenção de algum adulto. Não é proposital. Ela é levada por um impulso interior a cometer algo para receber atenção. Como as ações positivas não estão gerando qualquer tipo de reconhecimento, ela automaticamente se condiciona a agir de forma negativa, e acaba conseguindo ser reconhecida.

Por isso, é que a melhor forma de transformar o comportamento das crianças é elogiar cada vez mais tudo de bom que elas fizerem e ignorar seus comportamentos negativos. O ego então entende que, para ganhar atenção, é melhor tomar atitudes que os adultos gostam e, que ações negativas, não trazem esse benefício. Com o passar do tempo, a criança passa a agir de forma cada vez mais positiva (desde que os adultos estejam sempre elogiando e reconhecendo) e vão abandonando os comportamentos negativos.

Mas não é assim que a maioria dos adultos age. Normalmente, o padrão é o de elogiar pouco e criticar bastante, o que acaba reforçando os comportamentos negativos.

Esse mesmo mecanismo de reconhecimento explica o que atrai as pessoas para o crime nas comunidades. Como alguém pode se sentir atraído por coisas tão negativas, com tantos riscos e sofrimento? Crianças e adolescentes sentem-se ignorados, e sentindo esse vazio interior, acabam indo buscar no crime o reconhecimento que necessitam. Mesmo que sejam vistos como marginais por muitos, ainda assim, estão tendo a sua existência reconhecida. Para o ego, isso é melhor do que a indiferença, por mais estranho que pareça.

Às vezes, o governo implanta programas sociais nas áreas carentes, e essas pessoas agora têm a chance de ser reconhecidas de uma forma positiva: praticando esportes, estudando para ser “alguém” e ter uma profissão. Assim, muitos vão largar a delinqüência e outros deixarão de entrar nela porque agora há uma outra possibilidade muito melhor de ganhar reconhecimento.

Mas a necessidade de reconhecimento não se aplica somente às crianças e adolescentes. Ao nos tornarmos adultos, deveríamos nos sentir cada dia mais livres desta necessidade. Para alguns, há realmente uma diminuição, mas outros continuam tão necessitados de reconhecimento como as crianças. Esse padrão acaba levando ao sofrimento, pois o bem-estar fica dependendo da apreciação de terceiros: chefe, marido, esposa, pais, amigos e etc.. E logicamente, nem sempre as pessoas irão nos elogiar, reconhecer e nos dar atenção.

Podemos abrir mão conscientemente dessa necessidade todas as vezes que a detectarmos. É preciso se auto-observar, ficar bastante atento e reconhecer que nada de mal nos acontece se não formos reconhecidos. É apenas uma necessidade emocional infantil enraizada.

Quanto mais abandonarmos essa necessidade, mais adultos nos tornamos. Nossos relacionamentos melhoram, pois ficaremos mais em paz e nesse estado deixaremos de criar conflitos de forma inconsciente. O mais curioso, é que haverá uma tendência que as pessoas venham a nos dar atenção, nos elogiar e reconhecer. Mas, agora, você já não é mais dependente disso para ser feliz e não está fazendo coisas no intuito de ganhar atenção. Poderá, então, curtir o reconhecimento sem o lado ruim que é a necessidade interior. Ou seja, quando você for reconhecido, será prazeroso, mas a falta do reconhecimento não trará qualquer tipo de sofrimento.

Quando temos a necessidade de reconhecimento, o prazer provocado pela atenção e elogios é em parte uma falsa satisfação. Parte desse prazer é na verdade o encobrimento de um sofrimento oculto, que é a necessidade. Esse tipo de prazer se assemelha ao de uma pessoa compulsiva por comida (ou qualquer tipo de vício) quando está se alimentando.

Vamos supor um chocólatra. Ao comer o chocolate ele sente um prazer enorme. Logo esse prazer passa e ele precisará de mais chocolate para se sentir bem. Mas por que é que ele necessitou a princípio do chocolate? Uma inquietação interior, à qual chamamos normalmente de ansiedade, manifestou-se gerando uma busca por alívio. No caso do chocólatra, ele irá buscar na sensação de prazer de comer o chocolate o alívio passageiro para sua inquietação. Comer chocolate, então, não é assim um prazer tão real, pois está atrelado a uma dependência que traz alívio de um sofrimento. Uma pessoa que não tenha essa dependência poderá curtir um chocolate de forma verdadeira, sem o lado ruim da necessidade. E, nesse caso, ela irá sentir-se saciada com uma pequena quantidade, que, se for ultrapassada, acabará causando enjôo.

Fazendo mais uma comparação. Imagine alguém que compre sapatos muito apertados. Ao chegar em casa, sente um alívio e um prazer enorme ao tirá-los dos pés. Mas não seria melhor andar com sapatos mais confortáveis? “Não, assim eu não teria o prazer de sentir o alívio ao ficar descalço”. Alguém pode pensar dessa forma, mas é algo certamente insano.

O sentimento de necessidade de reconhecimento é mais ou menos como a sensação do sapato apertado que precisamos aliviar de vez em quando recebendo atenção de alguém. É uma prisão emocional.

Ao mesmo tempo, que você decide abandonar a necessidade de ser reconhecido, adote o hábito de elogiar e reconhecer as outras pessoas: filhos, amigos, funcionários, cônjuge e etc. e observe as atitudes das pessoas melhorarem cada vez mais no relacionamento com você. Abandone também as críticas e veja as mudanças positivas que isso irá trazer.

Fonte: www.stum.com.br

Você dá demais e recebe de menos?

:: Rosana Braga ::

Vive com aquela sensação de que está sempre disponível quando precisam de você, sempre dá atenção, oferece sua ajuda, é bacana, mas… quando é você quem precisa de algo, dificilmente encontra reciprocidade?

E nos relacionamentos, então? Parece que é sempre você quem tem de ir atrás, procurar, agradar, tentar marcar algo? E fica a impressão de que se você não fizer nada, não ligar, nada vai acontecer?

Em primeiro lugar, é bom esclarecer que não existe um aparelho para medir quem faz mais numa relação. Aliás, a intenção nem deve ser esta, já que não se trata de competição e, sim, de entrega, cumplicidade, vontade! Depois, vale lembrar também que o objetivo não é igualar comportamentos ou maneiras de se envolver. Cada um tem seu jeito e se doa de um modo particular. São essas diferenças que, em geral, muito enriquecem a relação.

Em última instância, não se trata de exigir garantia de retorno ou, como se diz no popular, “só fazer por interesse”. No entanto, a questão é: se você vive fazendo, doando e se oferecendo para sustentar a relação, vai chegar uma hora em que essa dinâmica vai pesar. E você vai se sentir cansado, exausto, com a sensação de que está carregando sozinho o que deveria ser carregado a dois. É evidente que há um desequilíbrio aí!

Bom, este deve ser considerado um momento fantástico: aquele em que você se sente incomodado, frustrado e decide que não quer mais! Que assim não dá! É hora de mudar, fazer diferente! E preciso explicar sobre fazer diferente porque, por incrível que pareça, tem gente que deseja obter novos resultados e, ainda assim, continua tendo as mesmas atitudes de antes. Ou seja, ela mesma não muda, mas quer que os acontecimentos mudem!

Isso significa que de nada vai adiantar você ficar cobrando uma postura diferente das pessoas com quem se relaciona, seja no trabalho, com os amigos ou com a pessoa amada. Se você não está satisfeito com os resultados que vem obtendo com essas pessoas, mude você. Seja diferente você! Até porque, no final das contas, mudar a si mesmo é a única mudança possível. Ninguém muda o outro!

Um ótimo começo é ganhar consciência de seus atos, de suas escolhas e do modo como você se comporta em suas relações. Muito provavelmente, se o outro não se mexe, é porque você se mexe antes, se mexe muito, se mexe rápido demais. Se o outro está acomodado, só no “venha a nós”, certamente você está se precipitando e o deixando mal acostumado.

O exercício é o seguinte: a partir de agora, você vai observar seu próprio comportamento e não vai oferecer, fazer ou ajudar ninguém sem que seja solicitado. Nada de tentar ser o queridinho, o indispensável, o faz-tudo. Fique quietinho e espere ser chamado. E, ainda assim, preste atenção! Quando alguém te pedir algo, antes de dizer rapidamente que “sim, claro”, questione-se: você quer realmente fazer isso? Pode fazer? Tem tempo? Se houver qualquer dificuldade ou falta de vontade de sua parte, respeite-se… e diga que sente muito, mas que desta vez não vai poder ajudar.

A ideia é aprender a valorizar a si mesmo, aprender a respeitar suas vontades e, antes, aprender a reconhecê-las. É ganhar consciência de si e de seu lugar no mundo e nas relações. É perceber o quanto você é bacana e merece ser bem tratado, assim como muito bem trata quem você ama.

E lembre-se: quando sua ajuda é fácil demais, simples demais, sempre disponível, a tendência é que pareça ao outro, mesmo não sendo proposital, exatamente assim: fácil, simples e aos montes. Mais ou menos como a lei da oferta e da procura: se tem muito, é barato e, em alguns casos, até desvalorizado; se tem pouco, é caro, é valioso. Eu partiria do princípio de que você, meu caro, tem valor! E você?

Fonte: www.stum.com.br